Luz, câmera, enganação
Colunista político gaúcho escreveu em seu espaço que, ao contrário de 2002, as eleições deste ano estão marcadas por marqueteiros longe dos holofotes, aparecendo menos que os candidatos.
De qualquer forma, pude comprovar que o circo está armado. Aconteceu na sexta, perto do meio-dia, mas se você estiver em Porto Alegre e passar entre a Esquina Democrática e a Praça da Alfândega até o final das eleições é provável que veja situações parecidas.
Esquina da Borges com Andradas. Um grupo agita bandeiras e canta jingles enquanto aguarda a chegada de uma candidata para o início de uma caminhada pelo centro. Poucos passos depois, sobre um pequeno pedestal, a equipe de uma produtora de vídeo busca a melhor posição para gravar a descida e garantir o material do horário eleitoral. Comentam sobre a necessidade do uso de um plano mais fechado, uma vez que não tem muita gente no ato.
Mais adiante, um indivíduo, ao estilo antigo, grita ao megafone a presença de candidata a deputada que convida os passantes a uma troca de idéias, enaltecendo as qualidades dela e criticando concorrentes. De sorriso sempre aberto, a mulher cumprimenta a todos como uma máquina. Tal qual um robô, vai repetindo: "conto contigo, conto contigo, conto contigo..."
Passando mais uns 50 metros, um operador de câmera e um técnico de áudio ostentam seus equipamentos enquanto um produtor ajeita um anônimo para a gravação de um depoimento. “É simples, basta ler este cartaz aqui, ó. Fala com alegria, bem pra cima, vamos lá!”, diz, mostrando um papel onde se podia ler “voto no fulano porque estou certo que ele tem a melhor capacidade de gestão”.
Assim, em pouco mais de três semanas, seremos os avaliadores destas encenações, como jurados num festival de publicidade qualquer. Os marqueteiros podem estar mais sumidos, é verdade, mas sinto uma campanha com uma “maquiagem” também maior. A maioria que deveria saber disso nem terá conhecimento.
De qualquer forma, pude comprovar que o circo está armado. Aconteceu na sexta, perto do meio-dia, mas se você estiver em Porto Alegre e passar entre a Esquina Democrática e a Praça da Alfândega até o final das eleições é provável que veja situações parecidas.
Esquina da Borges com Andradas. Um grupo agita bandeiras e canta jingles enquanto aguarda a chegada de uma candidata para o início de uma caminhada pelo centro. Poucos passos depois, sobre um pequeno pedestal, a equipe de uma produtora de vídeo busca a melhor posição para gravar a descida e garantir o material do horário eleitoral. Comentam sobre a necessidade do uso de um plano mais fechado, uma vez que não tem muita gente no ato.
Mais adiante, um indivíduo, ao estilo antigo, grita ao megafone a presença de candidata a deputada que convida os passantes a uma troca de idéias, enaltecendo as qualidades dela e criticando concorrentes. De sorriso sempre aberto, a mulher cumprimenta a todos como uma máquina. Tal qual um robô, vai repetindo: "conto contigo, conto contigo, conto contigo..."
Passando mais uns 50 metros, um operador de câmera e um técnico de áudio ostentam seus equipamentos enquanto um produtor ajeita um anônimo para a gravação de um depoimento. “É simples, basta ler este cartaz aqui, ó. Fala com alegria, bem pra cima, vamos lá!”, diz, mostrando um papel onde se podia ler “voto no fulano porque estou certo que ele tem a melhor capacidade de gestão”.
Assim, em pouco mais de três semanas, seremos os avaliadores destas encenações, como jurados num festival de publicidade qualquer. Os marqueteiros podem estar mais sumidos, é verdade, mas sinto uma campanha com uma “maquiagem” também maior. A maioria que deveria saber disso nem terá conhecimento.
2 Commentários:
Estamos começando bem, hehehhe!
By Piero Barcellos, at 4:40 PM
Passar pela Esquina Democrática todo dia tá me deixando alérgica.
By Anônimo, at 3:32 PM
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