Confraria do Jornalismo

terça-feira, julho 03, 2007

E a TV Record RS chegou

A contagem regressiva estava correndo desde a meia-noite do último domingo, o primeiro dia de julho, à espera do meio-dia. Naquele horário, entraria no ar a primeira transmissão da TV Record RS, novo canal de TV gaúcho, em substituição à já saudosa TV 2 Guaíba.


E assim aconteceu. Nos últimos minutos da contagem, a trilha ambiental foi substituída pelo Hino Rio-Grandense, interpretado pela cantora nativista Fátima Gimenez. Ao zerar o cronômetro, a curiosidade gerada desde fevereiro, quando houve o anúncio da compra da Guaíba pela Record, começava a ter fim. Ou melhor, iniciava uma outra, agora para ver como será essa nova emissora.

Bom, nova é modo de dizer, pois a programação nacional já era conhecida pelos muitos anos que a Rede Pampa retransmitiu o canal para o estado. A novidade está na maior abertura à programação local, principalmente para o jornalismo, com três telejornais diários, com modernos equipamentos e um novo estúdio.

Tudo começou com uma mensagem de boas-vindas de um dos âncoras da nova TV, destacando os compromissos da empresa. Em seguida, um especial mostrou algumas das tradições e das belas imagens do Rio Grande do Sul. Depois, o domingo seguiu com a programação normal.

Acredito que a Record RS deva aproveitar o lançamento pelo interesse que ele gera. Nesse primeiro momento, muita gente dá uma chance para ver o novo, para saber como será. Mas, se não gostarem, voltam para o tradicional. Ou seja, não há espaço para ir ajustando e melhorando aos poucos, é preciso partir com tudo.

É a oportunidade, também, de ampliar a concorrência no mercado jornalístico. Esta foi praticamente anulada no final dos anos 70, quando praticamente uma rede sobreviveu (não cabe aqui comentar os porquês, todo mundo sabe do que estamos falando) e conseguiu atingir quase 100% de audiência. Assim, com um trabalho de ótima qualidade, que virou padrão, habituou uma geração inteira a não trocar de canal. Só nos últimos dez anos esse quadro começou a mudar e agora, passado o período de uma geração (25 anos) do monopólio, essa alteração pode continuar.

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