Jogo aberto nas redações esportivas
Reproduzo abaixo trechos do texto do jornalista Ilgo Wink na coluna "De Primeira", do jornal Correio do Povo desta sexta, dia 2 de março:
"Particularmente, detesto rotular e ser rotulado. Reacionário, comunista, liberal, gremista, colorado. As pessoas aplicam carimbos rapidamente. (...) Fora do ambiente de trabalho, o cronista esportivo tem a sua preferência clubística. Comigo é assim. Sou gremista, mas antes de tudo, sou jornalista 24 horas por dia. Tão jornalista, que quase não dá tempo para ser qualquer outra coisa. Até chego a esquecer que sou gremista."
É difícil ver um jornalista esportivo assumir assim a sua preferência futebolística, ainda mais no Rio Grande do Sul, tamanha a rivalidade entre Grêmio e Inter. Mas acredito que não deveria existir todo esse tabu, que leva alguns, quando questionados sobre isso, a responder que não gostam do esporte ou relembrar o nome do time do bairro.
Principalmente porque, como escreve Wink, indiferente da paixão pelo time está a dedicação à profissão. E cada vez mais venho me sentindo mais um torcedor do futebol do que de um time de futebol. Hoje assisto jogos mais para ver, entre outras coisas, um técnico fazer uma armadilha tática contra o outro time, uma equipe bem postada na marcação, apertando desde a saída de bola no campo adversário, e a inteligência de meias e atacantes que escapam destas arapucas.
Óbvio que me alegro com as vitórias do tricolor, mas deixei de sofrer tanto pelas derrotas ou ao ver nosso rival vencer. Não fosse assim, não teria sobrevivido ao último ano.
Afinal, para mim e outros torcedores, o pedibola (como queriam "aportuguesar" o futebol) nada mais é que um esporte, um entretenimento. Se me convidarem para ir ao Beira-Rio ver um jogo, vou sem problemas, no meio da torcida colorada, como já aconteceu antes. Agora, quem depende desses clubes para sobreviver sim, que batalhe, grite, xingue, comemore por horas e horas ou tenha crises quando a partida terminar.
"Particularmente, detesto rotular e ser rotulado. Reacionário, comunista, liberal, gremista, colorado. As pessoas aplicam carimbos rapidamente. (...) Fora do ambiente de trabalho, o cronista esportivo tem a sua preferência clubística. Comigo é assim. Sou gremista, mas antes de tudo, sou jornalista 24 horas por dia. Tão jornalista, que quase não dá tempo para ser qualquer outra coisa. Até chego a esquecer que sou gremista."
É difícil ver um jornalista esportivo assumir assim a sua preferência futebolística, ainda mais no Rio Grande do Sul, tamanha a rivalidade entre Grêmio e Inter. Mas acredito que não deveria existir todo esse tabu, que leva alguns, quando questionados sobre isso, a responder que não gostam do esporte ou relembrar o nome do time do bairro.
Principalmente porque, como escreve Wink, indiferente da paixão pelo time está a dedicação à profissão. E cada vez mais venho me sentindo mais um torcedor do futebol do que de um time de futebol. Hoje assisto jogos mais para ver, entre outras coisas, um técnico fazer uma armadilha tática contra o outro time, uma equipe bem postada na marcação, apertando desde a saída de bola no campo adversário, e a inteligência de meias e atacantes que escapam destas arapucas.
Óbvio que me alegro com as vitórias do tricolor, mas deixei de sofrer tanto pelas derrotas ou ao ver nosso rival vencer. Não fosse assim, não teria sobrevivido ao último ano.
Afinal, para mim e outros torcedores, o pedibola (como queriam "aportuguesar" o futebol) nada mais é que um esporte, um entretenimento. Se me convidarem para ir ao Beira-Rio ver um jogo, vou sem problemas, no meio da torcida colorada, como já aconteceu antes. Agora, quem depende desses clubes para sobreviver sim, que batalhe, grite, xingue, comemore por horas e horas ou tenha crises quando a partida terminar.
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